Notícias
Pela conclusão da PEC das Domésticas
Saudada como o ponto final da abolição da escravatura, a PEC das Domésticas ainda espera regulamentação
Saudada como o ponto final da abolição da escravatura, a PEC das Domésticas ainda espera regulamentação. O texto enquadra vasta categoria de profissionais vistos pela lei como trabalhadores de segunda classe. Entre eles, governanta, cozinheiro, jardineiro, motorista, babá, vigia e cuidador de idosos. Apesar da relevante tarefa que desempenham, falta clareza sobre as relações entre patrão e empregado.
Com incompreensível atraso, passos importantes foram dados até agora. Os avanços decorreram da modernização da sociedade, que impôs iniciativas legislativas. Em bom português: o calendário atravessou o século 19, mas a legislação — ou a ausência de legislação — teimava em fechar os olhos para as mudanças do mundo e das relações laborais.
Só o descompasso explica o descaso com que se trataram homens e mulheres que mantêm contato estreito com a família, e a lentidão com que se incorporam direitos legítimos. Vale lembrar a obrigatoriedade da assinatura da carteira de trabalho e do pagamento do INSS; a garantia do piso de um salário mínimo, do limite da jornada de trabalho, do repouso semanal, das férias, da licença-maternidade, da aposentadoria, da remuneração de horas extras.
Em março de 2013, o Congresso aprovou a PEC nº 66/12, que amplia os direitos da categoria. Mas não concluiu a tarefa. Regras importantes dependem de regulamentação. Sem o passo seguinte, os trabalhadores ganham, mas não levam. É o caso da proteção contra a demissão arbitrária, do seguro-desemprego, do depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), da remuneração do trabalho noturno superior ao diurno.
Trata-se de procrastinação inaceitável. Ao ser anunciada a lei, o governo aproveitou a oportunidade para obter dividendos políticos. Por que não se mobiliza para dar-lhe um ponto final? Esquece que, atrás do texto, há pessoas prejudicadas. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), mais de 6 milhões de trabalhadores domésticos aguardam a concretização dos direitos a que fazem jus. Até quando?
Não há dúvida de que o trabalho doméstico ficará caro e se tornará proibitivo para famílias que dele se beneficiam. Mas faz parte do avanço civilizatório. Com o desenvolvimento do país, os brasileiros tiveram acesso à educação e à informação. É natural que migrem para outras atividades. O Estado deve ajudar na transição — oferecer serviços adequados à nova realidade. É o caso de educação em horário integral — do ensino infantil ao médio.
Links Úteis
Indicadores de inflação
05/2025 | 06/2025 | 07/2025 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | -0,85% | -1,80% | -0,07% |
IGP-M | -0,49% | -1,67% | -0,77% |
INCC-DI | 0,58% | 0,69% | 0,91% |
INPC (IBGE) | 0,35% | 0,23% | |
IPC (FIPE) | 0,27% | -0,08% | 0,28% |
IPC (FGV) | 0,34% | 0,16% | 0,37% |
IPCA (IBGE) | 0,26% | 0,24% | |
IPCA-E (IBGE) | 0,36% | 0,26% | 0,33% |
IVAR (FGV) | -0,56% | 1,02% | 0,06% |
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.4268 | 5.4368 |
Euro/Real Brasileiro | 6.32111 | 6.33714 |
Atualizado em: 08/08/2025 18:27 |